quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Por um pouquinho de inteligência...
Essa semana eu estou sem tempo pra quase nada, mas tive que vir aqui compartilhar com vocês minha indignação. Estou estudando pra concurso e principalmente um aspecto chamado: POLÍTICA EDUCACIONAL me chamou atenção. Li hoje um capítulo de um livro que
fala sobre as reformas de ensino desde os anos 30, isso no ambito público. Tudo começou quando o governo de Vargas criou o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, no qual a Únião tinha o 'poder para exercer sua tutela sobre os vários domínios do ensino no país'.
Até aí tudo bem, a idéia de uma educação adequada à modernização era bem vista aos olhos do momento histórico pós-revolução de 1930. Sendo que, esbarraram de frente na mobilização da Igreja que tentavam a todo custo 'reencontrar a alma nacional perdida com a Constituição de 1891' em que a Educação era laica. Dessa diversificação, surgiram as escolas privadas, mas ainda com forte influência no governo a religião católica conseguiu sua infiltração na educação pública.
Nessa passagem fica claro que desde o princípio das propostas educacionais, os interesses governamentais se mostram acima dos interesses de desenvolvimento do país.
A partir do momento, por volta dos anos 60, em que os governantes viram que cresciam críticos, intelectuais, pessoas esclarecidas que confrontavam com seus interesses, foram criados leis em que o Estado estabelecia diretrizes para a Educação, ainda submissa à rede privada (pela ajuda financeira) e à Igreja (pela mobilização social e influência nos valores morais e na consciência).
Aumentou-se a organização dos sindicatos, ligas, a UNE, as mobilizações populares que repercutiu diretamente na cultura e educação no país.
A preocupação com o povo, a maioria analfabeto, fez com que programas de alfabetização eficientes e politizados fossem bandeiras dessa galera nova. Aconteceu que na época como dizia um dos autores do texto o Brasil estava 'irreconhecivelmente inteligente'.
Aí que vem a minha indignação. O que aconteceu depois disso ?! O golpe militar.
Esqueçam o texto, esqueçam tudo. E prestem atenção nessa simples frase: COMO PODE UM PAÍS OPTAR PELO EMBURRECIMENTO DA POPULAÇÃO E AO MESMO TEMPO PENSAR EM CRESCIMENTO ECONÔMICO?
Durante o regime militar, o planejamento educacional foi feito por um economista, ou seja, a verba destinada era de 1%.
Vou deixar de consultar o texto e refletir agora sobre isso...
Ora, se estamos hoje no grau de dependência de projetos sociais do governo, isso nada mais é do que uma 'volta' mesmo que não totalitária aos tempos do golpe militar. Só que nossa ditadura é mascarada por uma democracia irreal...
É muito fácil hoje, conseguir dinheiro pelo chamado 'jeitinho brasileiro'. Mas o jeitinho brasileiro de conseguir as coisas é que está errado...
Tudo dá um jeito, desvia um pouquinho daqui, um pouquinho dali... dá 50 reais para votar no político que te dará uma casinha popular e se vira depois pra pagar a conta de luz.
Sabe como que a gente chegou nisso, lembra quando a gente tinha que decorar os verbos? É isso... faziam a gente decorar que estamos num país sub-desenvolvido, fizeram a gente decorar que o país é assim e não tem jeito. E no final, decoramos que 'o melhor do Brasil é o brasileiro' engolindo o pão que o diabo amassa todos os dias por causa de interesse político.
É preciso muito mais que uma reforma na educação, no código penal, no país...
Queremos um pouco mais... só por um pouquinho mais de inteligência.
-> Pra quem quiser ler --> Livro: Política Educacional de Eneida Oto Shiroma - DP e A Editora, Rio de Janeiro, 2003. (Capítulo 1: Reformas de ensino, modernização administrada)
domingo, 25 de outubro de 2009
Drummondiando...
'Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.'
(Carlos Drummond de Andrade)
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.'
(Carlos Drummond de Andrade)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Dadinho ou Zé Pequeno?
Assim como gentileza gera gentileza, violência gera violência. Precisou bandidos derrubarem um helicóptero, para a mídia começar a falar de um problema que já existia. Bandidos com armas que deveriam ser da segurança pública e que por causa de corrupção acabam parando nas mãos deles.
Acontece que existe bandido tanto em comunidades, como dentro da própria corporação. Seja lá qual for o motivo do crime, compensa, na visão deles, pela falta de instrução adequada, de estrutura e de vergonha na cara.
A única diferença é que a nossa proteção [falo de cidadãos comuns, trabalhadores, independentemente de onde moramos] onde fica?
Outro problema que fica debaixo dos panos é que os filmes que retratam a realidade caem na boca do poxo exatamente por essa sátira que fazem tanto nas frases do filme 'Cidade de Deus' quanto em 'Tropa de Elite'. Vira mídia, audiência, lucro se tratando que foram os filmes brasileiros de maior bilheteria... Ontem eu estava vendo uma reportagem que me remeteu a frase de uma cena do primeiro acima citado 'Dadinho é o caralho, meu nome é Zé Pequeno, porra'. Nesse caso o 'Zé Pequeno' era uma criança de 12 anos, com 7 passagens pela polícia por roubo de carro. E isso foi fruto do que!? Não julgo só o filme não. É toda uma sociedade. As notícias que mais vendem, os filmes mais assistidos... infelizmente a violência virou produto mercadológico.
Aí no fim o que nos resta é 'colocar na conta do papa' e rezar pra que o 'Cara lá de cima' dê um jeito no que a gente não consegue aqui embaixo.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Muita vontade de gritar
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Prontodesabafei!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Voìla, Paris!
Na novela, no Project Runway, nos comerciais, tudo passando Paris e me dando uma saudade imensa dessa cidade. Sim, Cidade Luz! Esses dias minha amiga me mandou um e-mail me perguntando coisas sobre Paris, onde comer... etc. Particularmente eu gosto de descobrir coisas, de viajar conhecendo as peculiaridades do local.
Me lembro que assim que eu pisei no aeroporto Charlles de Gaulle, eu estava de camiseta e quase tive um choque térmico. Me lembro de ficar igual uma demente no metrô esperando a porta abrir sozinha, quando somos nós que temos que abrí-la.
Mas nada se compara a passear nas margens do Sena, a tomar um cafézinho na Champs-Elyseés e a correr assim que abre o Louvre pra ver a monalisa e descobrir que o quadro é pouco maior que uma tv de 19 polegadas e que é muito mais interessante passear pela sessão do Egito.
Nada se compara também a primeira vez que você vê a Torre Eiffel na sua frente... e o Arco do Triunfo assim que sobe a estação do metrô.
Arte respirando em cada beco, amor, beleza, paixão...
'Em cada canto, um som que não se escuta mas que se sente'. (Carl André Dahre)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Lá vem o sol , tchurururu...
A pessoa acorda 5 horas da manhã pra entrar no trabalho às 6. Fica lembrando de várias coisas, problemas que tem que resolver... quando tudo parece perdido, nasce o sol. E parece que todos os seus problemas terminam. Você olha aquele dia lindo e abre um sorriso. É, esse grande astro que está no centro do universo tem um poder incrível. E há quem diga que não gosta dele, que prefere o frio e a chuva.
Gente, eu sinceramente, não nasci pro frio. O frio dá preguiça, o frio faz a gente comer mais... dá vontade de ficar em casa.
Tá, tudo bem que o inverno tem seu charme, mas o inverno não seria tão bom, se não tivesse o sol, mesmo que no tempo gélido.
O sol é energia, aquece...
Infelizmente, tem aqueles que mesmo com sol, consegue se enterrar em dias nublados.
São aqueles que acham que tudo na vida é ruim e que ninguém presta. Aqueles que acham defeito em tudo. Que reclama porque a comida de segunda é igual a de domingo, reclama porque tem muita coisa pra fazer, reclama porque abriu o olho...
Se sentir assim um dia, dois... tudo bem. Agora fazer da sua vida, algo apático, tá por fora.
Vá ver o sol nascer, e depois venha me dizer que eu não tenho razão !
terça-feira, 13 de outubro de 2009
auto-ajuda pra quem ?
Hoje minha mãe me deu um livro.
Pense em um problema pelo qual você esteja passando... no mínimo ele se encaixa em um dos muitos livros de best-seller que é classificado como auto-ajuda. Agora pense aqui comigo... um livro é escrito por um autor e as coisas que ele escreve é passado a você através da leitura, ou seja, o que eu estou dizendo é que para o livro ser classificado como auto-ajuda o próprio leitor deveria escrever, porque o prefixo 'auto' se refere a 'mim mesma'.
E o melhor best-seller de todos os tempos é a própria vida. É ela quem nos ensina como lidar com os problemas, que mostra os caminhos pelos quais temos que optar por um e que faz com que cada capítulo possa ser lido de maneira diferente. Cada página é uma decisão que pode modificar todo conteúdo do livro. E cada vez que a gente lê nosso próprio livro (relembra alguns fatos) aprendemos sempre mais.
Ora, se na gistória da nossa vida pudéssemos reescrever cada linha, as prateleiras da livraria virariam um labirinto.
Cada linha é uma aventura, uma emoção, um aprendizado, uma derrota, uma vitória...
A sua auto-ajuda está na sua própria descoberta e se não for um best-seller, pode ter certeza de que mesmo assim, você é um excelente escritor.
Pense em um problema pelo qual você esteja passando... no mínimo ele se encaixa em um dos muitos livros de best-seller que é classificado como auto-ajuda. Agora pense aqui comigo... um livro é escrito por um autor e as coisas que ele escreve é passado a você através da leitura, ou seja, o que eu estou dizendo é que para o livro ser classificado como auto-ajuda o próprio leitor deveria escrever, porque o prefixo 'auto' se refere a 'mim mesma'.
E o melhor best-seller de todos os tempos é a própria vida. É ela quem nos ensina como lidar com os problemas, que mostra os caminhos pelos quais temos que optar por um e que faz com que cada capítulo possa ser lido de maneira diferente. Cada página é uma decisão que pode modificar todo conteúdo do livro. E cada vez que a gente lê nosso próprio livro (relembra alguns fatos) aprendemos sempre mais.
Ora, se na gistória da nossa vida pudéssemos reescrever cada linha, as prateleiras da livraria virariam um labirinto.
Cada linha é uma aventura, uma emoção, um aprendizado, uma derrota, uma vitória...
A sua auto-ajuda está na sua própria descoberta e se não for um best-seller, pode ter certeza de que mesmo assim, você é um excelente escritor.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Corre corre
Caraca gente, que semana! Uma correria só, salário atrasado é uma merda. Eu fico pensando como as pessoas conseguem ser tão cara de pau.
Mas enfim, vim falar sobre isso não.
Vim na verdade desculpar pela ausência e dizer que só deverei postar algo de útil na terça, porque amanhã estou indo pro Rio !!!!! êêêêeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Bom turma, um maravilhoso feriado pra vocês.
Beijo grande
Mas enfim, vim falar sobre isso não.
Vim na verdade desculpar pela ausência e dizer que só deverei postar algo de útil na terça, porque amanhã estou indo pro Rio !!!!! êêêêeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Bom turma, um maravilhoso feriado pra vocês.
Beijo grande
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
É proibido sentir saudades
As pessoas parecem que não entendem. Saudade é daquela coisa que dá uma dorzinha. Que é boa porque lembra coisas boas que você tenha passado, ou vivido. Lembra pessoas que fez alguma diferença na sua vida. E quando você diz que tem saudade de alguém, simplesmente não recebe resposta. Sei que pode soar estranho, sei que podem existir pessoas que simplesmente não sinta nenhuma falta de você. Mas porque então as pessoas demonstram estar bem com a sua presença !? Seria muito mais fácil se afastar. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não fico na presença dela mas nem fudendo.
Só em questões muito diplomáticas.
Mas fora isso, é hipocrisia demais.
Desculpem eu estar escrevendo assim, mas é que certas pessoas, não digo só uma... mas tem muita gente que acha que tem um tempo certo pra sentir saudades...
Enfim...
foi só um desabafo
Só em questões muito diplomáticas.
Mas fora isso, é hipocrisia demais.
Desculpem eu estar escrevendo assim, mas é que certas pessoas, não digo só uma... mas tem muita gente que acha que tem um tempo certo pra sentir saudades...
Enfim...
foi só um desabafo
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Aqui vou eu falar sobre isso...
Eu tinha comentado no blog de uma amiga que eu não concordava com a candidatura do Rio à sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Eu sou contra exatamente pelo fato do que aconteceu no Pan, que foi uma promessa que deixaria um legado incrível mas o que vimos foram lugares que serviram como locais de prova abandonados, sem utilização.
Porque não colocar um projeto social para utilização do local esportivo, cito o Maria Lenk que durante 2 anos só sediou o troféu brasil de natação.
Mas devo admitir que fiquei emocionada ao ver as reportagens sobre essa candidatura. No fim do túnel tem uma pontinha de esperança pra que dê tudo certo.
Teria mil motivos para ser contra. Primeiro a necessidade de investir esse dinheiro em coisas realmente necessárias. Quantas pessoas estão passando fome, vivendo em condições sub-humanas...
Mas eu preciso olhar o lado bom, o crescimento de postos de trabalho, o investimento em infra-estrutura que não tem jeito, vai ter que acontecer...
Por mais que nosso país tenha corrupção, crises, desigualdade social, entre outras milhares de coisas que me bloqueia o ar na garganta, o espírito olímpico é uma coisa que muda o pensamento de muita gente, a esperança de dias melhores é que os bons ventos impulsionem a vontade de crescimento de todo brasileiro, tanto pessoal quanto como um todo.
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