segunda-feira, 15 de novembro de 2010

'Qualidade de ideias per capita'

Feriadão, acordei 10 da manhã. Como é bom acordar depois das 8. Queria ter ficado mais na cama, mas minha cabeça não parava de martelar.
Sentei na sala e comecei a ler o jornal. No caderno de economia do 'Globo' tem uma entrevista com Steven Johnson, um escritor americano que defende, como o próprio título da matéria, a beleza do caos.
Particularmente eu adoro essa palavra 'caos' e acho que toda a mudança gerada na vida de uma pessoa surge nesses momentos em que ninguém consegue encontrar ou decidir nada e entra em colapso consigo mesmo.
O escritor defende que é muito difícil um inventor descobrir as coisas do nada, porque as descobertas são como um longo processo de percepção da realidade, como diz Nelson Vasconcelos numa nota ao lado da imagem do entrevistado.
Isso me remete ao post da Priscila em Bazzofias della vita em que ela diz que, quando vê um filme depois de anos, o impacto causado pelo mesmo é diferente daquele quando visto pela primeira vez. Juntando as duas ideias, seria como se a percepção da realidade da Priscila tenha se modificado ao longo do tempo em que ela ficou sem ver o mesmo filme.
Voltando à entrevista, uma das perguntas, ele diz ser mais complicado ter inovações em qualquer campo se você fica isolado, por exemplo, numa ilha deserta. A não ser que nessa ilha você esteja com mais algumas pessoas. Ele defende a coletividade como uma alavanca propulsora das ideias, inovações e invenções.

'Se ter boas ideias fosse apenas uma questão de achar um local quieto pra pensar, meditar e ter grandes sacadas, a história da inovação estaria restrita a áreas rurais. As cidades são os grandes berços da inovação, não apenas pela quantidade, mas pela qualidade de ideias per capita'
(Steven Johnson)

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