sábado, 20 de novembro de 2010

Conto sem fadas


Passou da meia noite sem sapatinho de cristal.
Maquiagem borrada, sentada na cama pensando no nada.
Sem sentido, sem sentir...
A chuva no caminho de volta ao castelo
era a mesma garoa que descia dos olhos dela.
A trança se desfez no drama da dama da noite,
ainda soluçando por não entender nada da vida.
Leu Drummond, achando que era Nietzsche.
Por não encontrar uma solução, dormiu.
Sonhou com uma escadaria e um tal sapato,
E quis que a história começasse outra vez.

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