domingo, 29 de maio de 2011

Por um pouco de Mário Quintana

Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez ainda nem tenha nascido,
Dedica, pois, os teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...

(Data e Dedicatória)

-> Lembrei desse poema porque a Pri me deu a sugestão um dia de colocar datas naquilo que eu escrevo e que sempre me esqueço de fazer.
Pri, obrigada pela sugestão. Mas acho que vou continuar esquecendo, agora propositalmente.

Um comentário:

  1. rsrs
    Eu gosto de datas porque quando abro o baú as recordações são mais vivas, me lembro de mais coisas que estava fazendo naquele momento.

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